quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Music Like Life

Funny how music it's in our lives in a most incredible way.
Everywhere we go... Places that makes us remeber about a certain music.
Feelings... Love, Happines, Friendship, Sadness, Fear, Loneliness...
So many feelings that can turn into a paint of diferent musics.
People... "This music made me remember that person"..."This sound make me remember her face, her smile, her touch, her perfume".
Places, persons, feelings that makes us remember a certain music.
Musics that makes us remember certain places, persons or feelings.
Life makes Music
Music makes Life
Life without Music it's not the same

2 Anos e quase 4 meses depois...

Muito se passou, desde o momento em que escrevi a última palavra nesta página, até hoje.

Porque deixei de escrever?
De certo, os motivos que pairam na minha cabeça são, por si, razões suficientes, mas por outro lado, não.
Tudo se resolve a uma simples palavra, Inspiração.
Estará o amor aliado à inspiração?
É possível...

Isto fez-me lembrar de um filme chamado "Limitless".
Eddie Morra (actor Bradley Cooper) é um escritor residente em Nova Iorque que recentemente acaba um relacionamento com a sua namorada Lindy (Abbie Cornish). Isto, aliado ao facto de ainda não ter conseguido cumprir o prazo de entrega do seu novo livro à editora, (o qual ainda nem sequer começou a escrever) tornam a vida de Eddie algo sombria, de dias cinzentos, sem cor nem alegria. Não tem inspiração ou talvez devido ao seu fracasso social não consiga criar uma história, seja fictícia ou veridica.
Felizmente ou infelzimente tudo muda para Eddie, quando um dia reencontra na rua Vernon Gant (Johnny Whitworth), o irmão da sua ex-mulher Melissa Gant (Anna Friel). Este é um negociante de drogas que oferece a Eddie uma amostra de uma nova droga, NZT-48.
Apesar de haver alguma hesitação, Eddie acaba por aceitar.
Para sua grande surpresa, descobre que a droga em questão aumenta a sua inteligência e melhora a sua concentração. O cérebro, normalmente usado a 20% do seu limite, passa a ser usado a 100%, todos os sentidos se tornam aguçados e uma nova visão sobre os problemas da sua vida começa a surgir. De repente parece que tudo é possível e estranhamente fácil de alcançar.

Bem, mas não vou mais a fundo em relação ao filme.
No caso do Eddie, havia amor. Mas por alguma razão, o seu desconforto com a sua vida e até mesmo com a editora fazem com que Lindy perca, de certa forma, um pouco o interesse pelo homem que admirava. É claro que para ele tornou tudo mais dificil.

No meu caso as coisas não foram bem assim.
Anteriormente, mais precisamente à dois anos três meses e catorze dias, falei sobre o amor poder ser equiparado a um vicio, o que na minha sincera opinião, sim, pode, muitas vezes até chega mesmo a obcessão. Mas o problema para um escritor, ou alguém que sempre gostou de escrever, como eu, é quando o motivo de inspiração se cruza nada mais nada menos com os encantadores momentos do Amor.
Ao encontrar um grande amor, parece que tudo o que escrevemos tem a ver com essa pessoa. Mesmo que estejamos a inventar uma história, parece que existe sempre algo que nutre mais facilmente na nossa imaginação com a ajuda deste sentimento que nos causa tanta felicidade.
Maior problema para um escritor do que o amor como forma de inspiração é o termino deste.
Durante todo este tempo perdi a vontade de escrever. Sentava-me em frente ao computador com a esperança de escrever uma misera frase, mas realmente a cabeça estava solidária com o coração que se encontrava em sofrimento. Nada saía para a página em branco, nada entrava na cabeça. A imaginação parecia estar a pregar partidas para aquele que outrora fora um passatempo de delicia pessoal. Isto no inicio, mais tarde a vontade simplesmente deixou de existir e com ela talvez a esperança.
Para minha infelicidade não me apareceu um Vernon Gant à frente com a resolução para os meus problemas. Mas por outro lado ao longo de todo este tempo, e para minha felicidade, fui criando amizades, muitas delas que me chegavam mesmo a incentivar e de alguma forma a tentar criar novamente aquela chama e aquela motivação, infelizmente quase todas com grande falhanço.
Parecia que a minha cabeça toldava a imagem de que era impossível voltar a fazê-lo.
Mas finalmente percebi que não é apenas o amor que controla ou não o gosto ou inspiração para a escrita, mas sim tudo o que nos rodeia. Natureza, família, amigos, tantas coisas que com o amor, chegamos mesmo a deixar para trás e não damos tanta importância. Muitas vezes apoiamo-nos cegamente numa bengala que está prestes a quebrar quando temos tantas outras onde nos podemos sentir felizes, seguros e apoiados.

Realmente sentir o apoio de alguém que nos é importante é muito satisfatório e quando realmente nos apercebemos que esse apoio existe e não há nada que o possa quebrar a felicidade instala-se, deixando para trás a solidão e os pensamentos negativos.

Escrever? Porque não?
A imaginação é um Mundo e como se costuma dizer, o céu é o limite.

PS. Agradeço por tudo a uma grande amiga minha. Andreia Silva.